Este projeto tem como ponto de partida o estudo do movimento modernista, seus conceitos e suas principais referências, sendo elas internacionais como Le Courbusier, Mis Van de Rohe, Frank Loyd Wright; nacionais, como Vilanova Artigas, Rino Levi, Paulo Mendes da Rocha; e também de arquitetos que se apoderaram destas influencias para criar uma arquitetura única e atual, como os escritórios MMBB, Una, Brasil arquitetura, GrupoSP, Andrade Morettin, Isay Weinfeld, Márcio Kogan, entre outros.
Localizado em Alphaville, este terreno de esquina possui em seus limites com as vias de acesso, grandes taludes que dificultam seu acesso. Partindo deste preceito foi criado num nível intermediário a garagem, dando mais espaço para a casa se espalhar pelo grande terreno e dar mais mobilidade aos seus habitantes. A vegetação existente, relocada para as bordas do terreno, nos permite criar grandes panos de vidro, promovendo a interação do ser humano com a natureza, sem que se perca a privacidade da casa.
Criaram-se duas entradas, a escada da garagem e a principal, uma escada que corta o terreno e nos leva a um jardim interno, um hall para o acesso à casa. A piscina toma como partido a parte mais elevada do terreno com relação a rua, criando visuais interessantes para o morador que chega na casa de carro, sobe as escadas e passa pela piscina. Como na casa James King de Paulo Mendes Da Rocha, explora a possibilidade alternar caminhos, mover-se de forma diferente, não cria rotina.
Nesta casa as verdades modernistas se mostram no programa simples, pobre como definiria Paulo Mendes, afinal "não me refiro a pobreza da miséria, mas sim a pobreza do essencial".